A Opel sofre por falta de peças. A empresa anunciou que as operações em sua fábrica de Eisenach, na Alemanha, serão interrompidas até “o início de 2022”, pois a escassez global de peças retarda a produção, disse um porta-voz do fabricante do automóvel.

A empresa suspendeu a produção do SUV Grandland e disse aos funcionários que eles irão em meio período.

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Os trabalhadores expressaram frustração em meio a relatos de que a Opel continuará a produção do SUV em outra fábrica, só que na França.

“É muito preocupante que a fábrica fique parada por meses e que a produção continue em outro lugar. Achamos isto uma traição”, disse Reinhard Schäfer, um funcionário da Opel.

O ministro da economia da Turíngia, Wolfgang Tiefensee, espera que a produção de chips seja retomada após três meses. Estes chips são um dos principais pontos pelo qual  a Opel sofre por falta de peças.

Mas com as pausas que estão sendo implementadas na fábrica de Eisenach, outras empresas da área estão sentindo os efeitos. Sebastian Kluge, um padeiro que vive na região, teme que isso afete seus negócios.

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“Quando os turnos se esgotarem, ninguém ficará por aqui. Há muitas pessoas que se deslocam para trabalhar de outras áreas e que também fazem compras aqui”, diz ele.

Cerca de 1.400 pessoas trabalham na fábrica de Eisenach e a maioria delas será afetada pelo fechamento.

A Opel diz que a fábrica deve voltar à plena capacidade no ano que vem.

Escassez de peças

A escassez de peças continua a afetar os fabricantes alemães. Isto cria gargalos e deixa as empresas lutando para atender às encomendas em uma economia global em recuperação.

Os atritos generalizados nas cadeias de abastecimento fizeram com que o índice de otimismo empresarial da Alemanha caísse por um terceiro mês consecutivo em setembro. O índice do Ifo caiu de 99,6 em agosto para 98,8 pontos.

“Os problemas na obtenção de matérias-primas estão atrasando a economia alemã”, disse na sexta-feira o instituto sediado em Munique. “A indústria está passando por uma recessão por efeito gargalo”.

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A economia alemã se recuperou fortemente da paralisação pandêmica em 2020. Isto foi alcançado com um aumento de 9,4% do produto interno bruto.

Mas os principais fabricantes, como Daimler, BMW e Volkswagen, têm lutado para conseguir os chips semicondutores de que precisam, provando que não é só a Opel que sofre por falta de peças. Estes chips são dotados de funções eletrônicas, tais como assistência avançada ao motorista.

Outros materiais necessários às empresas, tais como aço, materiais de construção e plásticos, também estão em falta.